UBER VERSUS TÁXI: PORQUE A TECNOLOGIA VEM MUDANDO OS MERCADOS.

A guerra entre taxistas e motoristas da Uber parece estar longe de acabar, mesmo o governo aprovando leis que incentivam a competitividade e, algumas, que dificultam o uso de aplicativos de serviços de transportes. Essa disputa só vem demonstrando a força da tecnologia, que vem causando grandes modificações no mercado.

Direto do celular, o usuário pode requisitar um carro confortável e, de imediato, saber quem é o motorista e qual o valor provável da corrida, que chega a ser até 50% mais barato que de um táxi. A bandeira de marketing do aplicativo é a qualidade acima de tudo, para balançar o setor que andava acomodado.

A diferença entre táxi e Uber

Os taxistas argumentam que o Uber é uma prática comercial ilegal e desleal, que veio ameaçar o emprego de milhares de pessoas. E são incansáveis em buscar formas de alertar a população e políticos sobre os riscos que correm, através de manifestações sindicais que bloqueiam ruas e fazem grande alvoroço.

Mas a população não pensa da mesma forma e vem abraçando a novidade do Uber e outros aplicativos que chegaram em sequência. Há muito tempo ela já vinha reclamando do péssimo atendimento, do alto custo de uma corrida, da falta de preparo no atendimento ao cliente, da escolha de viagens entre muitas outras reclamações.

O aplicativo do Uber trouxe uma proposta até então inovadora de chamar um motorista particular para realizar sua viagem, independentemente da distância, com um valor bem abaixo do táxi comum – e ainda com alguns mimos como balinhas, chocolates e água para distrair durante o percurso.

Criado em São Francisco, na Califórnia, em 2009, o Uber teve um sucesso imediato e logo se espalhou pelo mundo. Segundos dados do próprio aplicativo, são feitas um milhão de viagens diárias em todas as 301 cidades em que o serviço está presente. E o incômodo com os taxistas não é uma questão exclusiva do Brasil. Na Alemanha, França e Espanha ele foi suspenso, e outros países enfrentam a disputa.

No Brasil, os taxistas precisam ter uma licença emitida pelo governo para poder realizar o transporte de passageiros. E quando a cidade excede o número de carros, essa licença fica suspensa e só é permitida a entrega de alvarás de permissão dentro do limite máximo.

Essa limitação acabou trazendo outras alternativas como as vans e caronas, mas nenhuma delas foi tão agressiva e revolucionária no mercado quanto o Uber. E nem tão atacada também.

A inovação tecnológica do Uber

Considerada a segunda startup de tecnologia mais valiosa do mundo, o Uber está presente no Brasil há três anos e caracteriza bem o novo empreendedorismo tecnológico. Eles são os desbravadores que iniciam novos mercados e movimentam não só sua área, como também setores inteiros da economia.

Os produtos criados com essa tecnologia são chamados de disruptivos, feitos para romper um padrão já estabilizado, e não apenas servirem como melhorias. Com essa direção, o Uber se diferencia amplamente dos táxis, já que não precisa do intermédio do poder público para existir – simplesmente conectando usuários a motoristas particulares sem burocracia.

Para trabalhar na empresa é preciso preencher os requisitos e fazer o cadastro no site, de onde serão checadas as informações indicadas. É preciso ter carteira de motorista profissional sem antecedentes criminais e não ter nenhum tipo de processo aberto, ser maior de 21 anos, passar por teste psicológico, ter um smartphone e um carro que esteja dentro das exigências da Uber.

O carro precisa estar em ótimo estado, com GPS, quatro portas, ar-condicionado e ser capaz de atender confortavelmente quatro ou mais passageiros. A empresa faz diferenciação entre Uber X, que aceita automóveis lançados a partir de 2008 e com cores branca ou escuras, e Uber Black, que precisa ser de 2011, modelo Sedan ou SUV, banco de couro e ser da cor preta.

O motorista paga em média 20% do valor da corrida para o aplicativo, que pode ser paga em cartões de crédito ou dinheiro. Dependendo da praça, a empresa indica outras empresas que alugam carros para motoristas cadastrados e se propõe a ser uma ótima alternativa para quem está desempregado ou deseja reforçar a renda, tão necessária no momento atual que estamos passando no Brasil.

Então, qual serviço prefere? O tradicional ou o inovador? São estas e outras perguntas que merece uma reflexão sobre o que a tecnologia e inovação nas empresas fazem nos consumidores.

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