Desenvolvida na década de 60 na Universidade de Stanford, a análise SWOT ainda orienta milhares de negócios mundo afora. Onde SWOT, é a sigla em inglês para Forças (Strengths), Fraquezas (Weakness), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats).
Hoje é uma das metodologias clássicas da Administração e muito utilizada no planejamento estratégico das empresas ou de novos projetos.
A análise SWOT tem como principal mérito o potencial de localizar a empresa perante o ambiente competitivo em que ela atua ou deseja atuar.
A análise dos quatro fatores que contribuem para o sucesso ou o fracasso do empreendimento é feita para orientar e respaldar decisões dos gestores envolvidos com o planejamento.
É a etapa que sucede a definição do negócio e do DNA da empresa, que é composto por sua missão, visão e valores. Indica se o negócio é viável, qual o grau de dificuldade para obter o êxito e oferece subsídios para a definição das estratégias da empresa, assim como o seu posicionamento.
Pode ser aplicada em conjunto com outros modelos de análise. Por exemplo, o modelo das cinco forças de Porter ajuda bastante a identificar oportunidades e ameaças. Assim como o Canvas auxilia na identificação de algumas forças e fraquezas da empresa.
Forças e fraquezas
Quando a empresa se prepara para um desafio, é preciso saber, antes de tudo, se ela está preparada, se reúne as capacidades necessárias para enfrentá-lo.
Quanto às forças de uma empresa, deve-se focar nos diferenciais competitivos, aquilo em que ela supera os concorrentes. Se a empresa tem um produto inovador, uma equipe de desenvolvimento altamente capacitada, uma tecnologia exclusiva, um departamento de marketing muito qualificado, com profissionais comprovadamente de ponta, essas são forças que a empresa vai explorar para vencer.
Imagine um jogador de futebol que tem uma ótima capacidade de drible, é veloz, criativo e excelente finalizador, mas é fisicamente mais frágil que os demais, é deficiente na marcação e tem dificuldade de manter a concentração e a obediência tática durante 90 minutos.
Certamente que esse jogador vai se tornar um atacante. Por que? Porque as forças que ele possui servem bem ao propósito de atacar. Não obstante, não poderá jogar como pivô, entre os zagueiros, pois não tem força física. Essa é uma fraqueza.
No caso das fraquezas, há duas estratégias possíveis para neutralizá-las. Afinal de contas, elas são identificadas para que alguma coisa seja feita. Uma das providências possíveis é evitar atuar em situações em que os pontos mais exigidos sejam aqueles em que a empresa é fraca. A outra é investir no aprendizado. Se aquele jogador tem dificuldades para marcar e passar, deve ser feito um programa individual para que ele melhore nesses fundamentos.
É para isso que serve a análise das forças e fraquezas da empresa.
Oportunidades e Ameaças
As oportunidades e ameaças são identificadas a partir do estudo das condições do mercado. Pesquisas de consumidor, por exemplo, são muito úteis para a identificação de oportunidades de desenvolvimento de novos negócios, produtos e serviços.
A aplicação do modelo das cinco forças de Porter auxilia na identificação das ameaças, principalmente o poder de barganha dos fornecedores e dos consumidores, além da ameaça a tecnologias e produtos substitutos.
Um dos caminhos mais certeiros para o fracasso é ignorar as ameaças. Acredite, muitas empresas fazem isso. É como traçar uma rota de voo e ignorar o aviso de que pode ocorrer uma tempestade no caminho, quando o correto seria evitá-la. Muitas vezes, a resposta da empresa às ameaças é se preparar preventivamente para enfrentá-las. O que não pode ocorrer é a empresa ignorar as ameaças.
As oportunidades, por sua vez, são o ponto principal da análise SWOT. Tudo começa a partir da oportunidade. Você só atravessa um oceano atrás de um tesouro se houver um tesouro. Caso não, suas forças não servem para nada, as fraquezas não atrapalham em nada e não pode haver ameaças de fracasso, pois não haverá um projeto, que é seguir uma rota até a ilha do tesouro. A análise das quatro variáveis irá ajudar a definir a rota.
Gostou deste texto? Assine nossa newsletter e receba informações, materiais e dicas para melhorar suas estratégicas e resultados empresariais.
