A tecnologia está tornando o mercado imobiliário melhor ou pior?

Essa é uma pergunta fácil e difícil de responder. Fácil porque a tecnologia, de um modo geral, favorece todas as atividades econômicas. Sendo assim, o mercado, como um todo, só tem a ganhar.

A pergunta se torna difícil de responder, no entanto, quando individualizada. Por que isso? Ganham aqueles que se preparam para absorver de uma forma eficaz as novas tecnologias. Perdem aqueles que resistem.

Quando se fala em tecnologia, há um detalhe sutil, que muitas vezes passa despercebido, embora faça toda a diferença, que talvez esteja na gênese de muitas dúvidas e muitos passos em falso. A questão é que a tecnologia não é a solução. Não é simplesmente dizer “eu tenho” e tudo se resolve, os resultados aparecem e todos são felizes para sempre. Não, a tecnologia é um meio, oferece recursos e oportunidades para que as pessoas e as empresas melhorem seus processos e, consequentemente, sua performance.

A tecnologia existe para que as pessoas possam fazer aquilo que elas já faziam de uma forma melhor, mais prática, mais barata, como menor esforço e num período de tempo menor. Ora, isso, no mínimo, significa que a tecnologia não pode ser ruim.

É mais ou menos como aquela história de que o problema do automóvel está localizado entre o volante e o banco do passageiro.

Um exemplo prático em escala histórica

Entrando no terreno específico do mercado imobiliário, imagine-se uma pessoa comum pensando em alugar um imóvel residencial ou comercial lá pelas lonjuras do início do Século XX.

Esse cliente precisaria se deslocar até a imobiliária para conversar com o representante e então iniciar uma peregrinação imóvel a imóvel até encontrar, ou não – e essa é a pior parte – um que satisfizesse suas necessidades e sua exigência.

Com o advento do telefone, uma “tecnologia” nova e em expansão ao longo do século passado, o cliente passa a agendar a visita e pode acompanhar o passo a passo do trâmite burocrático com uma simples ligação para o corretor.

Do telefone à internet e aos sites, passando pela tecnologia digital, pelas câmeras digitais, chegamos a uma situação em que o cliente acessa o site da imobiliária, faz uma busca por bairro, perfil e tamanho do imóvel e se desfralda na telinha do computador um cardápio variado de opções, com fotos detalhistas de todos os imóveis disponíveis, que fazem parte do portfólio da imobiliária.

A partir das informações visuais, ou não, do catálogo eletrônico de imóveis, o cliente, sem precisar consultar o corretor, descarta várias opções, com base nas condições, preço e tamanho do imóvel, e escolhe duas ou três para ver de perto.

É fácil perceber a economia de tempo e dinheiro, seja com ligações telefônicas, seja com deslocamentos desnecessários.

Ora, se a imobiliária consegue dominar esse processo ela vai estar referenciada na disputa por esse cliente. É bom esclarecer que não se trata daquele cliente explorador, pioneiro. Não, esse é o cliente comum dos dias atuais, o que implica dizer que a tecnologia é, de um lado, uma oportunidade para que as empresas melhorem seus serviços e sua lucratividade, e, de outro, uma questão de sobrevivência.

Qual o caminho a ser seguido?

O que as pessoas se perguntam é “como usar a tecnologia a favor do negócio?” Abaixo estão algumas dicas a serem seguidas para que os objetivos comerciais sejam alcançados.

1 – Procure saber o que está acontecendo. Como os concorrentes estão usando a tecnologia, que serviços estão oferecendo e como isso está sendo percebido pelos consumidores, como isso está ajudando a proporcionar a eles uma experiência melhor com as imobiliárias.

2 – Desenvolva o seu próprio projeto tecnológico, que esteja adaptado à atividade e às estratégias da sua empresa, sobretudo em função do perfil do consumidor com o qual a empresa lida.

3 – Contrate um sistema de gestão. Não há segmento econômico para o qual o mercado não crie um software específico.

4 – Crie um endereço eletrônico, também conhecido como site. Crie uma identidade na internet, que seja o reflexo da sua identidade no mundo offline.

5 – Procure entender os processos que levam as empresas a encontrar seus clientes em potencial na internet. Procure dominar, ou quem domine, o marketing digital e as táticas de inbound marketing.

6 – Invista em comodidade e conforto para o cliente através do que a tecnologia pode oferecer em serviços agregados à compra ou aluguel do imóvel, estude e comunique os benefícios muito claramente, porque as pessoas estão muito ocupadas e adoram se ver livres de esforços inconvenientes. Use o site da corretora ou imobiliária para mostrar como comprando com sua empresa ele estará evitando transtornos indesejados.

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